Caricaturas de jogadores
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Futebol, arte ou guerra - Elogio ao drible e crítica à retranca pura
Aparentemente, nada mudou. O cenário permanece igual: essas
monumentais e toscas crateras de concreto onde o mesmo ritual se
repete, semana após semana; o oásis de grama bordada com cal cujo
verde viçoso cede espaço à calvície apenas nesses lugares
inexplicavelmente mágicos, demarcados por três pedaços de madeira
envoltos em lingerie esvoaçante.
Os devotos continuam fiéis à estranha fé que os une e separa. Todos os
domingos enfunam suas bandeiras e exercitam uma paciência ansiosa
nas filas lentamente engolidas pelo gigante entediado, para entrar e ver...
o que?
Há muito os sumo sacerdotes deixaram de oficiar e os gritos de júbilo e
surpresa foram trocados por resmungos de raiva e decepção.Nada - ou pouco - mudou, mas é como se o futebol fosse agora outro
esporte, regido por um código diferente. As regras são as mesmas,
porém os gols escasseiam, o drible transformou-se numa ofensa digna de
agressão, o apito do juiz paralisa o jogo de trinta em trinta segundos, não
raramente a bola é disputada simultaneamente por três ou quatro
jogadores, os escanteios parecem-se cada vez mais a cenas de luta
livre...
Este livro procura entender o paradoxo. As regras foram criadas quando
não era necessário preocupar-se com o anti-jogo. Partia-se do princípio
que o prazer de jogar bem e vencer com méritos fazia parte do uniforme,
como as chuteiras, calções e camisetas.
Já não é bem assim. Dribles, tabelas, lançamentos, malabarismos
variados e desarmes limpos foram trocados por obstruções, cotoveladas,
empurrões, comandos de impedimento forçado e agarrões. Joga-se com
vinte atletas concentrados numa das metades do campo. O torcedor vive
um triplo congestionamento, antes, durante e depois da partida.
A "falta necessária" tornou-se um recurso normal, a habilidade é exilada
nos bancos de reservas (quando chega até ele) e a "aplicação" é escalada
enquanto o talento torna-se cada vez mais suspeito ou desacreditado.
Os legítimos sucessores de Garrincha e Pelé começam a ser barrados
desde os testes, para dar lugar a futuros robôs...
Mas o futebol -- deixando de lado os julgamentos ideológicos - é, ou
pode voltar a ser, uma arte. Popular. Desde que as regras sejam
repensadas para possibilitar o aumento exponencial da média de gols (que tal sete ou oito?) e a correspondente diminuição do número de
infrações (que tal nove ou dez?) por partida.
E, sobretudo, é urgente proceder à regulamentação da disputa de bola,
punindo severamente pontapés, carrinhos, puxões, obstruções,
empurrões, agarrões, trombadas, de maneira a torná-los espécies em
extinção, para dar lugar novamente ao drible, à tabela, ao lançamento, ao
jogo fluente, enfim.
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Consulte mais sobre esse e outro títulos do autor:
www.franklingoldgrub.com
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